[Inovação, esg]
Como a transformação digital favorece iniciativas ESG?
20 de Dezembro de 2023
Os desafios da Indústria 4.0 já são uma realidade, e para enfrentá-los a transformação digital é um caminho sem volta para as empresas. Adotar uma política socioambiental, por meio de iniciativas ESG, igualmente é um compromisso cada vez mais cobrado das organizações, e também aí a digitalização faz toda diferença.
Mas como a transformação digital favorece iniciativas ESG? Por que e como a automação pode fazer toda a diferença na adoção e execução de uma política socioambiental? Mais do que isso, por que um sistema integrado é tão importante neste contexto?
É o que você vai saber agora, e ao final da leitura deste conteúdo preparado por nossos especialistas você entenderá que a digitalização das empresas e o compromisso com a responsabilidade socioambiental farão toda a diferença nos próprios resultados do negócio.
O que é transformação digital?
Produção em alta escala, maior produtividade, eliminação de desperdícios e custos, utilização de dados em tempo real, monitoramento e manutenção remota de máquinas e equipamentos industriais e personalização e customização de produtos são alguns dos principais desafios da Indústria 4.0. O ponto de partida desta nova realidade, sem dúvidas, é a mudança de mentalidade e a transformação digital.
A transformação digital nada mais é do que o processo de digitalização da empresa, que deixa de ser analógica para atuar digitalmente. Os dados e processos são automatizados, e esta é a base da transformação da companhia em uma empresa inteligente.
A transformação digital se utiliza da tecnologia, é verdade, mas não depende apenas dela. É preciso mobilizar e treinar a equipe e mudar toda uma cultura analógica. Afinal, não basta automatizar processos, é preciso transformá-los em processos inteligentes, assim como não é suficiente gerar dados sobre o negócio, mas sim saber utilizá-los à favor do resultado.
8 condições para a implementação da transformação digital nas empresas
• Criação de uma cultura organizacional diferenciada;
• Treinamento dos colaboradores, com desenvolvimento de novas habilidades;
• Análise e melhora de processos;
• Criação de um projeto digital na busca da automação dos processos;
• Envolvimento de todo o time:
• Busca por novas ideias, que devem ser testadas e implementadas;
• Criação de um plano de transformação digital: planejamento;
• Eliminação de tecnologia ultrapassada.
O que é ESG?
Utilizada para classificar as práticas empresariais com foco na resolução de problemas socioambientais, a sigla ESG significa Ambiental, Social e Governança, do inglês “Environmental, Social and Governance“. Na verdade, a ESG funciona como uma espécie de um selo que identifica o conjunto de boas práticas socioambientais de uma empresa, que adota a sustentabilidade como uma política corporativa.
Uma empresa ESG se preocupa com todos os seus processos e os possíveis danos que podem promover ao meio ambiente. Mais do que isso, toma atitudes para corrigir a emissão de carbono, o descarte correto de lixo, o combate ao desperdício, o uso racional dos recursos naturais e investe numa postura socioambiental em relação aos seus colaboradores, clientes e o seu entorno social.
Vale pontuar que o ESG não é, exatamente, um certificado emitido por alguma certificadora internacional, nem mesmo um modelo determinado de operações. Trata-se de um conjunto de práticas socioambientais deliberado pela própria empresa, que se assume como um agente social. Muitos especialistas gostam de comparar o ESG com uma agenda de compromissos, com ação e reação.
Os principais critérios ambientais do ESG
• Utilização racional e preservação dos recursos naturais;
• Preservação da biodiversidade;
• Tratamento dos resíduos sólido e coleta responsável do lixo;
• Combate ao desperdício;
• Compromisso com a eficiência energética;
• Redução da emissão de gases para combater o efeito estufa.
Os principais critérios sociais do ESG
• Melhoria das condições de trabalho na empresa;
• Respeito aos direitos humanos;
• Promoção de impactos positivos na comunidade local;
• Treinamento contínuo dos colaboradores;
• Adoção de políticas de inclusão e diversidade.
• Garantir da privacidade e a segurança de dados dos colaboradores e clientes.
Os principais critérios de governança do ESG
• Opção por um conselho de administração independente, com respeito às suas decisões.
• Opção por um conselho diverso.
• Remuneração dos funcionários justa e racional.
• Defesa e prática da éticas e da anticorrupção nos negócios.
• Transparência fiscal.
• Postura efetiva contra o assédio, a discriminação e o preconceito.
Como iniciativas de transformação digital podem favorecer estratégias de ESG nos negócios?
Ferramentas tecnológicas de ponta, aliadas a processos inteligentes, possibilitam um maior controle de toda a empresa. Se apresentar e efetivamente agir como uma empresa inteligente oferece maior competitividade ao negócio, e maiores lucros também.
Mas e o papel do consumidor como ator desta nova realidade? Já foi o tempo que ele exigia um preço competitivo e, depois, o binômio preço/atendimento de excelência. Hoje, esse consumidor exige, ainda, comprometimento socioambiental da empresa que escolhe consumir. Para atender plenamente a esse novo consumidor e, principalmente, fidelizá-lo, as empresas têm apostado e investido cada vez mais em políticas socioambientais.
O conceito ESG é uma nova realidade para as empresas, e as demandas socioambientais precisam estar alinhadas e inseridas nas suas políticas digitais. A transformação digital permite a organização, a gestão e a otimização dos processos, tornando-os mais produtivos e inteligentes, e as estratégias de ESG ganham muito se inseridas neste contexto.
Outro ponto a destacar é que a transformação digital permite à empresa a coleta de dados sensíveis em tempo real, e mais uma vez isso pode fazer toda a diferença para iniciativas de ESG na hora da tomada de decisões, por exemplo, ou na medição de resultados. A tecnologia digital permite personalizar processos, inserindo uma política socioambiental em toda a empresa.
A importância do uso de sistemas integrados para iniciativas ESG
Estamos falando de transformação digital, ESG, automação, coleta e análise de dados em tempo real, inovações, maior produtividade, mas agora é hora de dizer, com todas as letras, que tudo isso de nada serve se a empresa não for totalmente integrada, por meio de um ERP, e não contar com um time entrosado e comprometido.
Imagine uma empresa que automatiza e controla todos os seus processos, mas não conta com um sistema que integre todos os setores. O que vai acontecer? Pois é, é como se fossem várias pequenas empresas, mergulhadas em sua própria realidade, olhando apenas para os seus interesses. Você percebe, por exemplo, de que nada adianta a área comercial promover um amplo trabalho para saber exatamente a quantidade de produtos que precisa comprar, para atender a demanda, e a área de suprimentos não ser inserida neste contexto? Entende que a área de logística e de armazenagem precisam participar desta gestão?
É muito fácil entender que uma empresa precisa se digitalizar para automatizar seus processos, tornando-os inteligentes, mas a integração dos setores, por meio de um ERP, é o primeiro passo nesta jornada. As iniciativas ESG também devem se beneficiar do uso de um sistema integrado porque desta forma poderão ser aplicadas, geridas e ter ressonância em toda a empresa, não apenas em um ou outro determinado setor.
Conclusão
A transformação digital é um caminho sem volta porque buscar uma operação inteligente é a condição básica para alcançar uma maior produtividade e colher melhores resultados. Por sua vez, a adoção de iniciativas ESG faz toda a diferença para a empresa, que se assume como ator social, exerce sua responsabilidade socioambiental e, ainda, atende as expectativas de um novo consumidor, muito mais exigente e consciente.
Ou seja, se preocupar e trabalhar pelo meio ambiente só trazem ganhos para a organização. A transformação digital favorece iniciativas ESG, apoiando e viabilizando a política socioambiental estabelecida pela empresa.