O mundo está mudando a passos largos e às empresas não resta outra atitude senão acompanhar estas mudanças. A chamada indústria 4.0 traz desafios iminentes e os líderes precisam estar prontos para conduzir os negócios até a transformação digital. É o conceito de liderança 5.0 que fará esse processo.
Mas o que é liderança 5.0? Quais são suas qualidades e responsabilidades? Como o líder 5.0 lida com a governança? Como se comporta a nova liderança 5.0 na indústria 4.0? É o que respondemos neste conteúdo oportuno para toda empresa e profissional que estão comprometidos com os novos tempos.
É bem provável que você já tenha ouvido falar – e muito – sobre esse tema. Vivemos, hoje, a quarta revolução industrial do mundo, e sua principal característica é a conexão de tudo a uma internet ultra veloz e poderosa, o que permite processos ainda mais automatizados, eficientes e produtivos.
Na chamada Indústria 4.0, a escala de produção e a produtividade das empresas estão em um outro patamar, porque tudo é analisado em tempo real e processado por soluções tecnológicas e processos otimizados. Assim, o lucro é maior, o desperdício e o retrabalho são menores e a produtividade ganha um foco jamais visto até aqui.
Recursos como Inteligência Artificial (IA), Big Data, Internet das Coisas (IoT), automação de processos robóticos e Machine Learning, entre tantos outros, passam a estar disponíveis, ajudando a mudar a forma de produzir e de consumir também. O cliente passa a ser atendido de uma forma muito mais individualizada, por exemplo. E os recursos tecnológicos e a automação mudam a forma de se produzir: antes mesmo de dar defeito, a máquina “avisa” do problema, permitindo o reparo e evitando prejuízos.
É importante destacar, ainda, que a Indústria 4.0 não está focada tão somente na tecnologia de ponta. Os recursos humanos ganham ainda mais importância, porque o que faz a diferença não é só a máquina, mas como utilizá-la. Os processos devem ser automatizados, sim, mas são os recursos humanos que os fazem valer.
A Indústria 4.0 traz, consigo, muitos desafios, e o principal deles certamente é atender a um consumidor muito diferente, que quer preço, qualidade, excelência no atendimento, mas, também, atitude socioambiental, responsabilidade social, posicionamento e soluções individualizadas.
O mercado também mudou, muito mais global e disputado, onde as margens de lucro são cada vez menores, o que torna a produtividade e a eliminação do desperdício e do retrabalho urgentes. A transformação digital é o primeiro passo e o desafio inicial da Indústria 4.0.
Outros desafios são:
A história nos mostra que toda revolução precisa de um líder, não é verdade? A história está recheada de exemplos de lideranças que mudaram o mundo, porque toda mudança precisa de alguém que organize, motive e estabeleça condições para que a mudança aconteça de fato. Isso também acontece em ambientes micros, como uma empresa.
Mas que tipo de líder essa revolução chamada Indústria 4.0 precisa? Quais são as qualidades, as responsabilidades e a governança de um líder de uma empresa que está se transformando digitalmente e assumindo essa nova realidade da Indústria 4.0? A resposta está na liderança 5.0.
Mas o que é liderança 5.0? Autor de “Good to Great” (aqui publicado como “Empresas feitas para vencer”), um dos mais importantes livros de negócios de todos os tempos, o autor norte-americano Jim Collins, da Universidade de Harvard, diz que existem diferentes níveis de liderança, e que a liderança 5.0 está no topo dessa classificação.
Segundo Collins, líder 1.0 tem bastantes capacidades individuais, o 2.0 tem capacidades para contribuir para a equipe, o 3.0 tem foco na administração, o 4.0 é capaz de exercer uma liderança eficaz e, finalmente, o líder 5.0 tem todas elas, e mais a humildade. Mas como o conceito de humildade aparece na liderança 5.0? O líder tem como objetivo maior viabilizar projetos que trazem mudanças e resultados profundos, e os holofotes pela tarefa se viram para o próprio projeto, para a própria organização e, claro, para o seu time.
O autor norte-americano não escreveu o livro e cunhou o conceito de liderança 5.0 de suas vivências e verdades. Ele e sua equipe estudaram profundamente algumas empresas que cresceram o triplo dos seus concorrentes por pelo menos 15 anos, ou seja, companhias de enorme sucesso e que se mantiveram no topo do pódio, como a Gillette, a Kimberly-Clark e a Wells Fargo, por exemplo.
Os líderes destas empresas de pleno sucesso tinham muitas características em comum, que compõem as qualidades da liderança 5.0, conceitualmente criada por Collins. Estas novas qualidades do líder 5.0 são:
Mas como é a nova liderança 5.0 na Indústria 4.0? Você já sabe quais são as características do líder 5.0, mas é importante entender quais são suas responsabilidades, que não são poucas. Mais do que alcançar resultados, a nova liderança na Indústria 4.0 tem compromisso com toda uma mudança de cultura na organização. Porque não adianta ter só máquinas modernas, tecnologia de ponta e uma gestão analógica. Não adianta ter dados just in time e não utilizá-los a favor do negócio, promovendo mudanças de processos.
A responsabilidade da liderança 5.0 na Indústria 4.0 é simplesmente transformar a empresa, assumindo sua transformação digital, pensando fora da caixa, criando novos processos e novos padrões. E comandar uma revolução, que traga mudanças profundas, não é uma responsabilidade pequena.
Collins aponta um fato muito curioso, que diz muito sobre a liderança 5.0: 99% dos líderes que ele estudou não são conhecidos do grande público. E isso simplesmente comprova todo o conceito que ele criou em torno deles.
É a governança que está no centro da questão para o líder 5.0. Ele sempre escuta e leva em consideração os posicionamentos da equipe antes de tomar uma decisão. Valoriza cada tarefa, de cada equipe, para o alcance dos resultados finais. Nas palestras que promove na empresa, fala muito mais dos outros do que de si e assume pra si os erros e as inconsistências encontradas ao longo do caminho.
E o que isso significa? Foco na equipe, foco no na governança, foco na organização.
Todo projeto precisa de uma liderança para acontecer. Mas não é todo tipo de líder que consegue conduzir mudanças tão profundas, que mexam com a própria cultura organizacional. Para isso, é preciso ter qualidades que Collins elenca na liderança 5.0.
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