Foi no longínquo Japão pós 2ª Grande Guerra que surgiu o conceito do Lean manufacturing, a gestão Lean, criado para levantar a produção, aumentar a produtividade, promover a qualidade total e combater o desperdício. A ideia era auxiliar no desenvolvimento de melhores processos industriais, e deu tão certo que até hoje o Lean é largamente utilizado no mundo inteiro.
As empresas se deparam com desafios eminentes da Indústria 4.0, e precisam, mais do que nunca, produzir mais e gastar menos, encontrando na automação de seus processos a produtividade capaz de turbinar os resultados finais do negócio. Contar com ferramentas como a gestão Lean é fundamental, um caminho sem volta no combate ao desperdício de material, de tempo, de estoque e de ideias.
Otimizar processos internos é a bola da vez, buscando facilidade, agilidade e competitividade. Mudar toda uma cultura do desperdício é urgente, e a gestão Lean se encarrega disso.
Conhecido no Brasil como Produção Enxuta, o Lean Manufacturing, ou gestão Lean, é um sistema de produção desenvolvido pela Toyota, fábrica japonesa de automóveis, em 1950. O objetivo era reduzir drasticamente o desperdício, e mais do que uma metodologia, o Lean Manufactoring é entendido, hoje, como um princípio, uma forma de pensar. Muitos chegam a apontá-lo como uma filosofia.
Tudo começou nos difíceis tempos de pós 2º Guerra Mundial, ainda mais no Japão, que saíra do evento derrotado e com a economia devastada. Em 1948, os engenheiros Taiichi Ohno e Eiji Toyoda, ambos da montadora Toyota, começaram a desenhar um sistema que permitisse pouco estoque, fluxo de caixa pequeno e muita eficiência na produção, com foco na qualidade. O primeiro nome que esse sistema ganhou foi Toyota Production System (Sistema de Produção da Toyota), ou TSP.
Vale destacar que Lean, em português, significa enxuto. É mesmo preciso enxugar custos e gastos.
• Redução de custos;
• Melhora contínua;
• Agilidade na produção e senso de urgência;
• Maior produtividade;
• Melhoria no ambiente de trabalho.
• Valor: é preciso saber o valor do produto para reconhecer seus desperdícios.
• Fluxo de valor: identificação das etapas que agregam ou não valor ao produto.
• Fluxo contínuo: capacidade de produção ininterrupta para atender o cliente com toda rapidez possível.
• Produção puxada: fabricação de produtos quando há demanda, apenas, eliminando grande volume de estoque.
• Perfeição: qualidade, acima de tudo.
Eliminar 100% do desperdício parece ser, de fato, um feito inalcançável. Mas buscá-lo incessantemente, persegui-lo a todo custo permite enxugar o desperdício ao máximo, reduzindo custos, aumentando a produtividade e influenciando positiva e diretamente no faturamento final do negócio. Assim, o Lean define 8 diferentes categorias de desperdício:
• Transporte;
• Estoque;
• Movimentação (dos colaboradores, entre setores, em reuniões desnecessárias, etc.);
• Espera (colaboradores ociosos, por exemplo);
• Superprodução;
• Processamento excessivo (aperfeiçoamento desnecessário);
• Retrabalho;
• Intelectual (não aproveitamento do conhecimento dos colaboradores).
A gestão Lean utiliza uma metodologia chamada 5s, cujo objetivo é alcançar a qualidade total. São cinco conceitos, todos iniciados com a letra S (em japonês), que norteiam a ferramenta: seiri (utilização), seiton (organização), seiso (limpeza), seiketsu (saúde e higiene) e, finalmente, shitsuke (autodisciplina).
O objetivo do 5s é manter no espaço apenas o que é necessário para o trabalho, identificar o local onde cada recurso é armazenado, buscar a limpeza do local, identificar prejuízos à saúde dos colaboradores, eliminando-os, e disseminar a autodisciplina.
• JIT (just in time): busca a produção com um mínimo de estoque, com produçãopor demanda.
• Kaisen: aperfeiçoa processos individualmente. É criado para melhorar algo, e quando o objetivo é alcançado sua função termina.
• Jidoka (sistema à prova de erro): busca a automação com qualidade total. A ideia é que o processo fabril seja interrompido quando algo sai do comum.
• Poka Yoke (teste de erro): busca evitar que falhas continuem sendo produzidas. Tem foco total na qualidade.
• TPM (Total Productive Maintenance): promove um programa de manutenção preventiva e preditiva para eliminar seis dos principais desperdícios identificados.
• Mapeamento de processos: identifica desperdícios e cria planos de ação com foco na melhoria da produção.
Antes de mais nada é preciso contar com um time unido e disposto a mudar a cultura da empresa, combatendo o desperdício exaustivamente, fazendo disso um valor. A adesão de todos colaboradores é essencial num processo Lean.
Somente um time comprometido poderá reestabelecer a cultura da empresa, portanto é preciso redesenhar a forma como a empresa lidera, gerencia e desenvolve seus recursos humanos. A liderança deve ser capaz de trazer os colaboradores para este processo, comprometendo-os.
Outra questão primordial é definir propósitos e criar valores. Não se pode temer o novo, é preciso ter coragem de sair do quadrado, enfim, inovar é preciso. Uma empresa que busca a liderança na indústria deve liderar seus recursos humanos para ocupar tal posição, certo?
É preciso saber priorizar processos, buscar uma gestão clara e simples, estabelecer metas factíveis, saber identificar problemas que realmente precisam ser combatidos e aprender, conjuntamente, a descobrir soluções para eles. O uso das ferramentas de apoio é fundamental, e contar com a ajuda de consultores especializados pode fazer toda a diferença.
As empresas se veem diante de desafios urgentes e precisam se preparar para se inserir na Indústria 4.0. É preciso buscar a transformação digital, adotar processos inteligentes, cortar custos, apostar na produtividade e inovar. Já se foi o tempo que altas margens de lucro garantiam os resultados de um negócio.
A gestão Lean auxilia no desenvolvimento de melhores processos industriais porque elimina custos e desperdício, foca na qualidade total e, principalmente, cria uma nova cultura voltada para a máxima produtividade. Sua realização é focada nos recursos humanos da companhia, portanto estabelece uma relação nova do colaborador com o trabalho, com a produção e com a própria empresa.
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