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Recrutamento interno ou externo: o que pensam os especialistas? - Engine Br

Written by Enginebr | Apr 3, 2023 10:00:00 AM

Na década de 70, como indicam estudos feitos (2021) em Portugal na Nova School of Business and Economics, era natural que empresas ocupassem cerca de 90% das vagas através da contratação de talentos internos. Com o passar do tempo, essa tendência mudou bastante, assim como muitas dinâmicas em Recursos Humanos, e o recrutamento externo também passou a ocupar uma fatia grande da ocupação de novas oportunidades.

A contratação interna, apesar de às vezes exigir a adoção de treinamentos e especializações, colabora – e muito – para o aumento da taxa de retenção de talentos, permitindo que o trabalho em equipe seja cada vez mais harmonioso e aprimorado. Quanto mais o colaborador produzir de acordo com a estratégia da empresa, mais a corporação tem a crescer e ganhar com isso. Isso porque, segundo estudo publicado pela McKinsey em 2017, pelo menos 375 milhões de pessoas precisarão aprender novas habilidades ou mudar de emprego até 2030. Ou seja: investindo em qualificar e requalificar a força de trabalho interna, você o prepara para as novas exigências do mercado e ainda pode reduzir a taxa de churn, permitindo que ele cresça e se desenvolva dentro da sua corporação. Inclusive, já falamos aqui no blog sobre como trabalhar as competências do seu time com SAP.

Um estudo realizado pela IZA –  World of Labor, constatou qual a modalidade de contratação mais provável em diversas áreas. Em empresas jurídicas ou de assuntos fiscais, a promoção interna para preenchimento das vagas é muito mais comum do que a contratação externa, porém, a contratação externa é a mais utilizada em empresas da área de Construção e serviços administrativos. 

A principais diferenças entre cada modalidade

Na contratação de talentos externos, os especialistas apontam para os ganhos com novas ideias e visões, propostas por alguém que chega pela primeira vez naquela empresa. E, diferente do recrutamento interno, a modalidade externa preenche uma vaga sem abrir outra, ou seja, sem gerar para o recrutador a necessidade de realizar outra contratação para preencher a primeira vaga idealizada, como apontam os especialistas no estudo da Nova School of Business and Economics.

Agora, a contratação interna pode acontecer de algumas maneiras. A mais comum delas é a promoção, permitindo que um funcionário ocupe um cargo superior ao seu com melhores condições de remuneração. Para isso, ele libera a sua vaga e a deixa disponível para outro talento. Existem também as movimentações laterais, em que os funcionários não aumentam de cargo e benefícios, mas movem-se dentro da própria senioridade para vagas em outros times da mesma empresa. A última forma é movimentar-se tanto em termos de senioridade quanto de área, mudando totalmente a realidade daquele colaborador e permitindo que ele se torne mais qualificado e, ainda, melhor remunerado e posicionado dentro do mercado de trabalho.

No estudo da Nova, aponta-se que olhando para os cargos C-Level, o recrutamento interno é prioridade em grande parte das empresas, estratégia que muda quando falamos em vagas de menor senioridade, que são comumente ocupadas via recrutamento externo. Ou seja: quanto maior a senioridade e responsabilidade da vaga, mais as empresas se preocupam em trazer alguém de dentro da própria corporação para manter o alinhamento de estratégias e valores nas vagas mais estratégicas.

Prós e contras do recrutamento interno e externo

Para entender os principais prós e contras de cada estratégia de contratação do ponto de vista dos grandes especialistas do mercado, vamos usar de base alguns dos pontos encontrados pelo estudo da IZA – World of Labor, desenvolvido em conjunto com a Universidade de East Bay Califórnia. 

Recrutamento interno

Prós:

  • Reduz o risco de contratação de talentos pouco produtivos, pois o histórico do contratado já é de conhecimento do contratante;
  • Diminui a concorrência por vaga, o que facilita tanto o reconhecimento dos esforços de cada talento quanto o trabalho do recrutador na busca por novos candidatos;
  • Queda do churn de talentos e aumento na taxa de retenção
  • Melhora no employer branding, posicionando a empresa como um bom lugar para trabalhar e construir carreira.

Contras:

  • Limita a injeção de novas perspectivas e visões de negócio para a empresa;
  • Diminui a diversidade dentro dos times;
  • Pode acomodar talentos internos e torná-los menos produtivos, diante da menor concorrência de talentos.

Recrutamento externo:

Prós:

  • Aumenta a diversidade e o número de talentos para ocupar a vaga em questão;
  • Agrega novas perspectivas e noções de negócio para a corporação;
  • Fomenta a diversidade dentro dos times.

Contras:

  • Devido às principais formas de contratação realizadas hoje, que contam com sites e plataformas de divulgação de vagas, o recrutamento interno pode exigir mais investimentos;
  • Compromete mais o tempo dos recrutadores, que precisam analisar os candidatos no detalhe pois não têm o histórico deles.

Agora que você já sabe o que os especialistas pensam sobre recrutamentos interno e externo, entre em contato com a Engine para saber quais ferramentas, como o SAP Success Factors ou HCM, podem ajudar a preparar o seu time de recrutamento para a modalidade que mais interessa ao seu negócio!