A indústria de alimentos vive alguns desafios para se adequar à transformação digital e, principalmente, para atender aos anseios de um consumidor muito mais consciente, que exige qualidade, saudabilidade e segurança nos alimentos que compra e consome. São desafios globais, que estão transformando o mercado e permitindo inovações na indústria de alimentos.
A pandemia do novo Corona vírus, no entanto, também trouxe desafios específicos, e até mais urgentes, promovendo mudanças no próprio consumidor e, consequentemente, na indústria de alimentos. Neste conteúdo, você descobrirá quais as inovações que tendem a se destacar na indústria por conta de tudo isso que temos vivido.
O consumidor não é o mesmo, a indústria de alimentos também, e as inovações vieram para ficar e, principalmente, para dar uma resposta às dores do consumidor e na busca de mais produtividade, menos desperdício e mais segurança alimentar – gargalos tradicionais do segmento.
Sem dúvidas, a maior mudança que a indústria de alimentos percebeu nestes últimos anos é a postura e os interesses do próprio consumidor, que também foram muito afetados pelo isolamento social imposto pela pandemia. A consultoria internacional IRi fez uma ampla pesquisa com os consumidores e descobriu que nada menos do que 53% deles pretendem passar a cozinhar suas próprias refeições com mais frequência do que antes da pandemia.
Isso significa que o número de pessoas que irá para a cozinha preparar seus almoços, lanches e jantares será muito maior, mesmo após a pandemia. Uma empresa especializada em pesquisa de mercado de consumo, a Hunter, também foi às ruas e o resultado do seu estudo indica o mesmo caminho: sete em cada dez consumidores estão cozinhando mais e pretendem manter esse hábito após o fim da pandemia.
A IRi também observou um dado interessante, que a indústria precisa olhar com atenção: o consumidor está preferindo fazer suas compras com o pequeno produtor e pequenos comerciantes. Segundo a consultoria, nos Estados Unidos marcas pequenas apresentaram um crescimento real de 18,3% no varejo, e as marcas próprias cresceram em torno de 12%. As marcas grandes observaram um aumento de vendas menor, de 7,5%.
Os consumidores também demonstraram que querem passar o menor tempo possível dentro de uma loja fazendo compras – essa indisponibilidade cresceu 5 pontos percentuais em maio de 2020, e os especialistas esperam por um boom contínuo das vendas online. As vendas online de alimentos e bebidas nos Estados Unidos devem alcançar a marca de US$ 109 bilhões este ano, aponta pesquisa da Food Industry Association (FMI) e NielsenIQ.
Este consumidor que pretende cozinhar mais suas próprias refeições também exige mais saúde. E recompensa a indústria de alimentos que oferece isso: pesquisa da consultoria Evergi mostrou que a venda de produtos antialérgicos, também nos Estados Unidos, aumentou 13%. A proteína à base de plantas vendeu 9% a mais no varejo norte-americano. E a venda de alimentos e bebidas que trazem em suas embalagens mensagens de autocuidado, como suporte imunológico, cresceram 12%.
Em suma, a tendência é pela comida caseira, as compras online e o autocuidado. Indústrias e marcas que estão atentas para isso, buscando inovações que respondam aos anseios e dores do consumidor, terão ampla preferência e até crescerão, dizem os especialistas.
Já há algum tempo, a indústria de alimentos tem dado uma atenção muito especial às embalagens de seus produtos. A busca pela sustentabilidade vai mudar o conceito das embalagens. Já há embalagens que indicam por meio de cores se um alimento não está dentro do prazo de validade, por exemplo.
Em tempos de pandemia, as embalagens estão ganhando um pouco mais de atenção e estudos. Já se sabe, por exemplo, que o vírus resiste em uma superfície plástica por um período entre 36 e 72 horas. Investir em embalagens com filme antimicrobiano é uma atitude proativa, que oferece mais segurança ao alimento e, portanto, ao consumidor.
A indústria de alimentos já percebeu que o consumidor quer embalagens sustentáveis. Uma pesquisa do Mercado Livre, realizada entre junho de 2019 e maio de 2020, mostrou que o número de consumidores que visitam as seções sustentáveis do Market Place cresceu nada menos do que 130%.
Há, ainda, a preocupação do consumidor com a informação sobre o alimento, que deve vir de forma expressa na embalagem. Ele busca saber, hoje, não só o número de calorias ou receitas, mas também a composição e dados sobre sua rastreabilidade.
A verdade é que os efeitos da pandemia sobre a economia ainda são inevitáveis e profundos, e assim o poder de consumo de famílias com baixa renda cai substancialmente. Mas o que o mercado nota é que a preferência por produtos mais acessíveis não é uma tendência apenas entre os menos favorecidos. Há uma busca generalizada por marcas mais baratas (e menos famosas), por exemplo.
Por outro lado, o tipo de consumo vem mudando, e os especialistas dizem que são cinco as principais tendências globais que vão influenciar as inovações na indústria de alimentos em 2021, segundo a ADM, líder global em nutrição. São elas:
As empresas devem estar preparadas para se adaptar a essas inovações:
A transformação digital da indústria de alimentos é, com certeza, uma grande aliada da segurança do alimento. Afinal, uma gestão totalmente integrada, onde as informações são detalhadas just-in-time, é muito mais fácil de ser cuidada.
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