Cada vez mais presentes nas pautas das indústrias de alimentos do mundo inteiro, não há dúvidas de que as questões ambientais, sociais e de governança (ESG) têm um impacto todo especial para empresas do setor. Se não bastasse o compromisso com o próprio planeta, a governança ambiental para a indústria de alimentos é um tema cada vez mais relevante e imprescindível para um mercado do qual se exige saudabilidade. Além disso, é preciso atender aos anseios de um consumidor cada vez mais exigente, que não abre mão de atitudes socioambientais de quem lhe fornece alimentos.
Não há como deixar de lembrar, ainda, a questão da pandemia do novo Corona vírus. A indústria de alimentos está se reinventando, comprometida com a inovação, para trilhar um caminho diferente no pós-covid. O exercício da governança ambiental das empresas do segmento está diretamente ligado à própria nova realidade da indústria alimentícia. Portanto, é possível dizer, sem erros, que 2021 é o ano da governança ambiental para a indústria de alimentos.
Se o mundo está mudando, como a indústria alimentícia faria diferente? Ela precisa estar na vanguarda da governança ambiental, e os motivos são óbvios: é do planeta que o segmento tira o seu sustento. E as empresas têm respondido muito bem a esta demanda, comprometidas com as questões socioambientais. A Coca-Cola, por exemplo, maior indústria de bebidas do planeta, já anunciou que está estudando, junto a uma startup dinamarquesa, a criação de uma embalagem de papel para a distribuição e venda de seus produtos.
Não é um exemplo solitário, acredite. Toda a cadeia está buscando assumir, exercer e incentivar cada vez mais a governança ambiental. Ganham o planeta, o consumidor e o próprio mercado.
Sigla que vem do inglês Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança – ASG, em português), o ESG vem sendo utilizado pelas grandes empresas já há alguns anos, mas hoje é visto como uma das principais tendências para 2021. Estes são os três fatores que compõem a medição do índice de sustentabilidade e impacto social de uma organização.
Entende-se que esse compromisso com o meio ambiente é uma exigência de um novo consumidor, cada vez mais consciente. E que também é fundamental para uma economia mais sustentável, mesmo porque, em última análise, todos os insumos vêm da terra ou do mar. Proteger o planeta também é proteger sua própria economia, seu próprio mercado e a qualidade de vida das populações.
O chamado ESG é como uma espécie de selo de qualidade socioambiental para uma empresa. Uma análise ambiental, social e de governança pode indicar como uma empresa se posiciona em relação à sociedade e ao planeta, o que faz e, principalmente, o que não faz por isso.
Um recente estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), publicado em julho do ano passado, apurou que a maior parte das empresas brasileiras que investe em sustentabilidade busca apenas obter uma imagem institucional melhor. No caso, 59,4% das empresas entrevistadas revelaram essa condição. Mas a governança ambiental não é mais um diferencial, e sim uma obrigação, e é o consumidor quem diz isso. E cobra, direcionando suas compras para quem as merece, sob o ponto de vista socioambiental.
Não há dúvidas de que o ESG terá um impulso enorme no mundo pós-pandemia. E que 2021 é o ano da governança ambiental para a indústria de alimentos, segmento que está comprometido de corpo e alma com essa pauta.
O “E”, do ESG, é o Environmental, ou seja, a governança ambiental. É sobre ela que a indústria de alimentos deposita todas as suas fichas, na busca pela inovação e crescimento de um mercado com desafios cada vez maiores e mais complexos. A Coca-Cola não está buscando desenvolver uma garrafa de papel por modismo, ou simplesmente para mostrar seus ideais ecológicos. Longe disso! Abolir o plástico – ou ao menos a maior parte do seu uso – é um compromisso de governança ambiental.
Empresas espalhadas pelos cinco continentes têm dedicado tempo e dinheiro para criar novas embalagens sustentáveis, reciclando, reutilizando e até substituindo o plástico. A resposta aos desejos do consumidor – e de um mercado sustentável – está na própria natureza. Ou na defesa dela! Investe-se em energia renovável, na agricultura regenerativa e na inovação das embalagens e dos processos produtivos porque o mercado exige isso. O combate ao desperdício é, hoje, um dos mais importantes compromissos da governança ambiental da indústria de alimentos.
A reputação da indústria está em jogo, sim, mas a governança ambiental está longe de ser perseguida tão somente por conta disso. As mudanças climáticas, por exemplo, podem produzir custos elevadíssimos para a indústria alimentícia. O interesse das empresas pela “E” do ESG é vital e inerente ao seu desenvolvimento. A indústria não pode crescer, nem atender à crescente demanda por alimentos, sem investimentos firmes em defesa do meio-ambiente.
E as empresas estão elegendo o “E” como prioridade. A Nestlé anunciou, por exemplo, que vai investir nada menos do que US $3,6 bilhões, nos próximos cinco anos, para combater as mudanças climáticas e para promoção da sustentabilidade. A Danone também está apostando nesta frente, e garante que disponibilizará US $2,18 bilhões, em três anos, para mudar suas embalagens, investir na agricultura regenerativa, em energia e em novos processos operacionais.
Uma associação de institutos de governança de todo o mundo, inclusive com representação brasileira, a Global Network of Directors Institutes (GNDI), promoveu uma pesquisa intitulada “2020-2021 Survey Report – Board governance during the Covid-19 crisis”, com 1.964 conselheiros de 17 institutos mundiais. O ESG ficou em primeiro lugar entre as questões de maior impacto no mundo dos negócios, e 85% dos entrevistados acreditam que haverá um maior foco sobre o “E”.
Mas por que as empresas, principalmente da indústria de alimentos, estão investindo na governança ambiental? As práticas relacionadas à sustentabilidade passaram a ser consideradas como parte da estratégia financeira das empresas. Emissão de carbono, gestão de resíduos e rejeitos, questões trabalhistas e de desperdício hoje têm peso no resultado das empresas, portanto em sua própria sobrevivência. Não é demais lembrar que muitas destas empresas da indústria de alimentos têm capital aberto e estão na Bolsa de Valores, certo?
A adoção da governança ambiental traz novos paradigmas, como o engajamento proativo dos acionistas, a priorização da sustentabilidade e uma nova cultura corporativa.
2021 é o ano da governança ambiental para a indústria de alimentos, e a transformação digital é fundamental para que esses processos se intensifiquem e se tornem padrão nas empresas. A questão da segurança alimentar passa diretamente pela digitalização dos serviços, porque a informação just-in-time é uma das maiores aliadas desse processo.
A Engine atua há 25 anos com forte presença na indústria de alimentos, apoiando a transformação digital de seus clientes por meio das melhores soluções de gestão empresarial de classe mundial. Buscamos processos seguros, sustentáveis e informações ágeis entre as áreas estratégicas do negócio para a tomada imediata e assertiva de decisões corporativas. Não há inovação sem transformação digital, assim como não há governança ambiental sem comprometimento.
Venha conversar conosco! A Engine está pronta para apoiar a governança ambiental de sua indústria de alimentos, com soluções de ponta. Venha conhecê-las.