As empresas estão sendo cotidianamente pressionadas a atuar seguindo novas práticas que tenham maiores responsabilidades ambiental, social e de governança. Clientes, integrantes do conselho administrativo, colaboradores e agentes regulatórios cobram maior comprometimento com a agenda ESG. Adequar o desempenho da organização a essas demandas apresenta-se como uma grande oportunidade para colher benefícios no curto e no longo prazo. Enxergando na tecnologia a chave para dar o salto necessário para alcançar um novo patamar de atuação, o CIO assume o papel de liderança capaz de guiar a empresa no caminho para acelerar a mudança.
O crescente interesse da sociedade pelas questões da sustentabilidade e equidade é demostrado em uma série de recentes estudos sobre a relação de consumidores e executivos com a agenda ESG. A cada dia, consumidores, acionistas e demais stakeholders demandam maior engajamento das empresas nas práticas que garantam uma melhor relação com o planeta e a sociedade. Em pesquisa realizada pela PwC, 83% dos consumidores afirmaram que as empresas devem estar mais comprometidas em moldar melhores práticas de ESG. Esta percepção encontra ressonância nos executivos entrevistados, já que 91% deles acreditam que suas organizações têm responsabilidade ativa nas questões de ESG.
O Brasil segue alinhado a essa tendência global. O estudo “A Evolução do ESG no Brasil” da Rede Brasil do Pacto Global constatou o crescimento do interesse em entender mais sobre a agenda e os critérios ESG, com 84% dos representantes do setor empresarial mencionando o aumento das práticas relacionadas à preocupação ambiental.
No entanto, alguns indicadores ainda não atingem altos patamares. Apenas 27% dos líderes das empresas brasileiras afirmam que suas companhias assumiram compromissos com a neutralidade de carbono, segundo o estudo “Um novo olhar para o futuro”, que integra a 25ª Pesquisa Anual Global de CEOs realizada pela PwC. Neste mesmo estudo, 36% dos CEOs se mostraram preocupados com os efeitos das mudanças climáticas, entendendo que elas representam uma das maiores ameaças aos negócios. Partir para uma ação imediata torna-se, então, questão de sobrevivência.
A conjuntura atual motiva as organizações a se concentrarem cada vez mais em uma jornada digital efetivamente inteligente ao abranger objetivos ambientais, sociais e de governança para uma atuação em conformidade com a agenda ESG.
Neste contexto de jornada digital inteligente e responsável, a conexão entre tecnologia e ESG se revela pertinente uma vez que a transformação digital envolve a otimização dos processos organizacionais e o ESG visa compreender precisamente de que forma as organizações impactam o mundo e atendem às necessidades da sociedade. Dessa forma, há o interesse mútuo de atender às expectativas do público, seja por novas experiências e produtos ou pelo envolvimento e ação nos temas que os clientes valorizam.
O ambiente presente de negócios provoca a percepção da importância dos ajustes para equilibrar as metas financeiras e os efeitos sociais e ambientais. Em suma, tanto ESG quanto a transformação digital potencializam o desenvolvimento de um sucesso operacional amplo e contínuo com a
melhora do desempenho e o aumento do retorno financeiro. O momento atual se torna crítico para se efetivar ações de sustentabilidade e aumentar a confiança e os investimentos nas abordagens tecnológicas e responsáveis.
Os líderes das empresas que passam a promover os investimentos em operações sustentáveis terão melhores oportunidades de crescimento e inovação ao incorporar o ESG na prática do dia-a-dia do negócio. Diante deste desafio, precisam viabilizar esta transformação que envolva simultaneamente a aceleração da jornada digital aliada a objetivos arrojados de ESG.
Sendo o CIO o principal responsável pela estratégia digital da empresa, ele é, por conseguinte, a figura capaz de liderar o processo de adoção de tecnologias que vão proporcionar à organização operar com base nos princípios da sustentabilidade, equidade e responsabilidade, tão relevantes no atual cenário. Passa pela mesa do líder tecnológico as decisões que vão moldar a forma que a empresa encara o desafio de se tornar mais sustentável. A partir das suas escolhas, o CIO é capaz de impulsionar a agenda verde nos demais setores da companhia, incentivando os outros atores da organização a agir de forma a evoluir nos processos em busca de uma maior eficiência e redução de desperdícios. Para ser bem sucedido nesse propósito, cabe a ele escolher uma série de ferramentas que darão todas as condições para esta mudança.
O processo de migração para a nuvem pode ser uma grande oportunidade de o CIO promover uma redução na pegada de carbono da empresa. Sendo ainda essa escolha por um provedor comprometido com os principais indicadores de sustentabilidade, esta migração de um servidor local para um data center na nuvem pode representar a economia de quase 80% de energia, segundo estudo promovido pela AWS.
Uma das principais maneiras de demonstrar o real comprometimento da empresa com formas mais justas e sustentáveis de produção é ser o mais transparente possível durante o seu processo. Para isso, o CIO precisa introduzir na organização uma abordagem holística e integrada de aquisição, preparação e modelamento de dados e insights para medir, monitorar e aprimorar a sustentabilidade e governança da empresa, a partir de novas soluções. Com a análise aperfeiçoada desses dados e insights, a organização será capaz de entender o seu processo de produção com um olhar voltado à maior eficiência, conhecer a sua pegada de carbono e a sua cadeia de suprimentos, entre outros indicadores.
Tecnologias disruptivas como Inteligência Artificial, Internet das Coisas e Blockchain são algumas das mais eficazes para alcançar o objetivo de dar mais transparência aos processos da empresa. A rastreabilidade da cadeia de suprimentos é fundamental para conhecer todos os passos da produção e, com isso, assegurar que as práticas mais sustentáveis e justas estão sendo aplicadas. Contar com fornecedores que tenham esse mesmo comprometimento é essencial para que o compromisso público da organização não fique apenas no discurso.
Ao contar com todas essas ferramentas, além de garantir a execução da estratégia de sustentabilidade, a empresa ganha um enorme facilitador na hora de comprovar e comunicar a sua responsabilidade com o meio ambiente, a equidade social e a governança. A partir de dados validados em tempo real e insights, a organização é capaz de cumprir as regulações de forma mais confiável. Além disso, a organização ganha maior facilidade para gerar os relatórios que garantirão a confiança de públicos estratégicos, acionistas e consumidores.
Contudo, um dos grandes desafios do CIO nesse processo é encontrar o ponto de equilíbrio entre a maximização dos benefícios que as novas tecnologias proporcionam ao negócio de forma sustentável aos efeitos colaterais que a adoção de novas tecnologias pode acarretar se não for bem conduzida. Por isso, a escolha pelo parceiro de tecnologia é um passo decisivo para acelerar a transformação digital com base na sustentabilidade.
Quer conhecer todas as ferramentas SAP que a Engine pode oferecer para transformar o seu negócio em alinhamento à agenda ESG? Entre em contato com um de nossos consultores.