As tomadas de decisão no mais alto nível das organizações são sempre marcadas pelo dilema entre a impositiva aceleração da transformação digital indo de encontro ao ajustado controle de custos.
Em um cenário carregado de incertezas, com alta de preços, problemas na cadeia global de suprimentos, entre outros, a busca pelo equilíbrio entre as finanças da empresa e o desenvolvimento tecnológico, fundamental para alavancar a competitividade, se apresenta como mais um desafio aos CFOs. Uma forma de minimizar essa situação é ser o mais assertivo possível nas escolhas das tecnologias a serem adotadas. Para isso, uma melhor integração com as lideranças de TI na análise das soluções a serem implementadas é um passo importante para contar com o maior valor que as tecnologias conseguem entregar.
Responsável pelo planejamento financeiro estratégico das empresas, o CFO garante um olhar único sobre todos os processos do negócio com uma visão analítica na sua totalidade, sendo fundamental para o sucesso de qualquer companhia. Exercendo um controle eficiente sobre os investimentos da empresa para garantir que a empresa esteja sempre bem capitalizada, ele trabalha para gerar resultados e criar valor para a organização.
Desempenhando um papel mais central de decisão, o CFO tem sido responsável, nos últimos anos, pela palavra final nas escolhas tecnológicas em 72% das empresas. Com participação ativa em todo o processo de planejamento, ele precisa ter uma abordagem multidisciplinar, atuando em frentes que não são exatamente apenas a parte financeira, mas que interferem nela diretamente. Assim, é fundamental conseguir explorar os novos setores sem perder o comando sobre suas funções primárias.
Deste modo, a essência do trabalho do CFO envolve também escolher, implementar e utilizar a tecnologia para garantir a competitividade da empresa a longo prazo. Segundo um recente levantamento da Gartner, 94% dos CFOs têm uma maior ambição digital para suas organizações . Em um ambiente que está mudando rapidamente, o CFO precisa se manter atualizado constantemente.
Com os negócios operando cada vez mais em ecossistemas digitais, o papel do CFO será cada vez mais integrado à Tecnologia da Informação. Diante desta tendência de intensificação da colaboração entre TI e CFO, o sucesso dos negócios está cada vez mais dependente da boa relação entre essas áreas.
Segundo estudo realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), o país recebeu um montante de US$ 45,7 bilhões em investimentos em tecnologia no ano de 2021, uma alta de 17,4% em relação ao período anterior. O potencial de crescimento e intensificação dos negócios em TI continua, já que a projeção para 2022 é de um crescimento de 14,3% em relação a 2021.
A expansão dos investimentos das empresas em tecnologias da informação no Brasil também foi demonstrada pela 33ª edição da Pesquisa Anual sobre o Mercado Brasileiro de TI e Uso nas Empresas, divulgada pelo Centro de Tecnologia da Informação Aplicada (FGVCia) da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV EAESP). A pesquisa revelou que a soma do total de despesas, investimentos e verbas alocadas em TI representa, na média, 8,7% do faturamento líquido nas médias e grandes empresas, sendo esse montante responsável por garantir não apenas a continuidade do crescimento em valor para os negócios existentes, mas também viabilizar os novos modelos de negócios.
Outro indicador do levantamento que evidencia a evolução dos investimentos em TI é o CAPU – Custo Anual de TI por Usuário – calculado a partir dos gastos e investimentos em TI dividido pelo número de usuários da empresa, que atingiu a média de R$ 50.000,00. Por variar de acordo com o ramo e atuação da empresa, não tem economia de escala e cresce com o tamanho da empresa. Assim, foi observado que no setor de Bancos a média atinge R$125.000,00, nas empresas de Serviços está na ordem de R$ 58.000,00, na Indústria chega a R$ 45.000,00 e no Comércio a R$ 32.000,00.
Estes montantes podem ser explicados pela aceleração na adoção de novas tecnologias. O cenário da pandemia obrigou as empresas a anteciparem seus investimentos de anos em meses. Segundo os resultados medidos pelo estudo, essa antecipação do processo de Transformação Digital e Uso da TI nas empresas foi de 1 a 4 anos.
Na busca pela aceleração da jornada da transformação digital, a maximização dos investimentos em TI deve ser percebida a cada passo, o que nem sempre é fácil. Segundo o relatório CFO Signals realizado pela Deloitte para o primeiro trimestre de 2022, os CFOs destacaram as três principais questões que dificultam a percepção de valor dos investimentos em tecnologia: o talento das equipes, a complexidade das ações sem padronização e a falta de alinhamento aos negócios.
Com tecnologias cada vez mais conectadas, a implantação de novas soluções tornou-se mais complexa. Soma-se a isso a falta de profissionais de TI capazes de agregar valor com conhecimento profundo do negócio e entendimento das exigências reais da empresa. Muitas vezes o foco está em adotar novas iniciativas cada vez mais rápido sem antes finalizar os passos atuais.
Dessa forma, contar com uma solução que seja capaz de identificar os pontos frágeis na adoção de novos sistemas com análises contínuas do desempenho dos processos, comparando com os padrões da indústria e fornecendo recomendações personalizadas sobre como adotar os novos modelos de negócios, automatizar e padronizar processo, representa uma grande vantagem competitiva, garantido maior capacidade da empresa em ser bem sucedida na sua jornada tecnológica.
Quando essa adoção é feita a partir de um modelo que garanta maior agilidade, reduzindo prazos e custos, a empresa terá à sua disposição todos os recursos para alcançar a autonomia necessária nas operações dos processos inteligentes.
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