O papel da liderança de um time de colaboradores sempre é o mesmo, não importa a empresa e sua cultura: é preciso motivar, cobrar, orientar e manter o time unido, em torno de objetivos comuns. Há todo tipo de líder, ainda que os objetivos a alcançar sejam os mesmos, portanto há das mais diversas formas de liderar. Mas e em tempos de pandemia e diante do sistema home office? Como fica a liderança?
A liderança remota na indústria tem desafios e oportunidades, principalmente em tempos de teletrabalho. Um líder sempre será um líder, mas diante do home office a liderança remota tem questões próprias que precisam ser pensadas para que a prática da liderança alcance os objetivos propostos.
O que é liderança remota? Quais são os seus pilares e seus desafios? Como exercer uma liderança remota plena? São algumas das respostas que nossos especialistas dão, neste conteúdo que pretende apresentar este tema e mostrar sua importância para as empresas que adotaram o sistema do teletrabalho. Leia este artigo até o final e saiba exatamente o que é e como funciona a liderança remota na indústria – desafios e oportunidades.
Se as jornadas de trabalho são, hoje, mais flexíveis, com a adoção do sistema home office, a liderança precisa acompanhar essa flexibilidade. Liderança remota nada mais é do que um modelo de gestão de pessoas que leva em consideração e está adaptado ao modelo do trabalho remoto.
Os líderes têm funções e isso não muda com a liderança remota. Os objetivos a alcançar, a importância e o desempenho são os mesmos, mas inseridos no sistema home office, que assume algumas singularidades, como o trabalho mais solitário e uma gestão do tempo diferente, por conta dos afazeres da casa.
A liderança remota não muda, se adapta!
A pandemia do novo coronavírus estabeleceu, de um dia para o outro, novos parâmetros de trabalho. As empresas tiveram que correr contra o tempo e se digitalizar, sob o risco de simplesmente deixarem de existir caso contrário. Além disso, tiveram que se adaptar imediatamente ao modelo home office, que já tinha algum espaço entre grandes empresas, mas sequer engatinhava na maioria dos negócios.
Assim como as empresas tiveram que se adaptar a este cenário, os líderes também tiveram que aprender, às pressas, novas formas de exercer seu papel remotamente, fundamental para o negócio. Investir em comunicação, reaprender a abordar as pessoas e se reorganizar para conduzir reuniões e trocas de feedbacks foram alguns dos desafios que os líderes encontraram para exercer a liderança remota.
Uma pesquisa intitulada “É possível conciliar home com office”, da consultoria ISE Business School, indicou que 60% dos executivos acreditam que mais do que nunca a liderança neste cenário de pandemia é fundamental para os resultados da empresa. Os entrevistados apontaram que a liderança remota é essencial para melhorar a produtividade e a eficiência do trabalho remoto.
Muitos especialistas consideraram a possibilidade de um novo tempo, onde a liderança daria espaço para a autogestão dos colaboradores, que de casa precisam definir suas prioridades, organizar sua rotina e gerir seu próprio tempo.
Tudo isso é verdade – os colaboradores tiveram que se reinventar ao adotar o teletrabalho – mas isso em nada diminui o papel da liderança remota. Muito pelo contrário. A liderança remota assume novos papéis, como, por exemplo, manter a cultura organizacional da empresa, ainda que todos estejam trabalhando de suas próprias casas (que têm suas próprias culturas).
Sendo assim, a liderança remota se baseia em três pilares:
• Comunicação: investir em uma comunicação fluida e atualizada nunca foi tão importante quanto agora. É preciso redescobrir como manter o contato com os colaboradores e fazê-lo de uma forma produtiva e assertiva. Não é uma tarefa simples: uma troca de mensagens constante e excessiva pode transmitir falta de confiança, por exemplo, ao passo que enviar poucas mensagens pode parecer deixar tudo muito solto.
• Confiança: este pilar precisa estar sempre em dia e ser exercido plenamente. A liderança remota precisa confiar no colaborador e deixar isso bem claro. Como fiscalizar o trabalho (e até mesmo o número de horas trabalhadas) sem estar ao lado do profissional? A resposta é: com confiança. Definir diretrizes claras e bem definidas é o que se deve fazer, instituindo uma saudável rotina de feedbacks.
• Autonomia: é preciso dar autonomia para os liderados, mas com disciplina. Este é um dos grandes desafios da liderança remota. Praticar a microgestão, ou seja, fiscalizar tudo, a todo tempo, é um erro e praticamente impossível no trabalho remoto. Assim, dar autonomia e cobrar resultados por isso é o que se deve fazer para o exercício de uma boa liderança remota.
• Responsabilidade: todo colaborador tem deveres e obrigações, não importa onde esteja. O líder deve trabalhar este pilar, evitando o relaxamento ou a procrastinação do liderado.
• Empatia: a liderança remota precisa saber escutar e ser empático no dia a dia, mas diante do trabalho remoto isso ganha maior relevância.
• Evitar falhas na comunicação e se fazer entender perfeitamente.
• Apoiar o colaborador a se adaptar à rotina do trabalho remoto, que pode ser bem difícil para muitos profissionais.
• Manter o espírito de equipe em dia.
• Ajudar a definir prioridades.
• Manter a produtividade da equipe em dia.
• Coordenar reuniões com assertividade.
• Dar suporte para os colaboradores, inclusive emocional.
Mas como liderar remotamente da melhor forma? Utilizar a tecnologia a favor é a primeira dica, afinal o líder também precisa se organizar, certo? Há várias ferramentas disponíveis que ajudam na organização das tarefas cotidianas, com controle e gestão do tempo, uso de métricas e relatórios de desempenho.
Manter um bom relacionamento com os liderados é fundamental. Isso obviamente que vale para todo tipo de liderança, mas na liderança remota é preciso saber ser aproximar dos liderados, já que estão em casa. Especialistas recomendam que se crie encontros de lazer virtuais, que ajudam muito a preservar o espírito de equipe.
O líder remoto também precisa dar uma atenção especial àqueles que precisam mais de apoio. Saber identificar isso é fundamental. A comunicação também merece todo cuidado: defina prazos e metas, discuta condições, troque feedbacks e faça tudo isso de forma clara e documentada.
Mais do que nunca, é fundamental que o liderado tenha total entendimento de tudo o que foi combinado. Lembre-se que ele pode estar conversando com você, preocupado com a panela que está no fogo ou com o banho das crianças, para citar dois de inúmeros exemplos do cotidiano de uma casa, que se mistura com o do trabalho no sistema home office.
Você sabe o que é liderança 5.0? Tem interesse em saber? Temos, em nosso blog, um conteúdo especial sobre este tema, que pode ser muito interessante para você, que gostou deste artigo sobre liderança remota.
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