Muito falamos sobre a Inteligência Artificial, de modo geral, e como essa nova tecnologia tem avançado rapidamente e transformado os mais variados setores de ponta a ponta. Mas hoje, a ideia é nos aprofundarmos um pouco mais no tema e entender como aplicar a IA generativa, GenAI ou Inteligência Artificial generativa, para impulsionar farmacêuticas e serviços de saúde.
Quando classificamos a IA como generativa, nos referimos ao uso da Inteligência Artificial para a criação de conteúdos em formato de texto, imagens, música e audiovisual. Como explica a definição dos especialistas da Google Cloud, a IA generativa utiliza um modelo de Machine Learning para “aprender os padrões e as relações em um conjunto de dados de conteúdo criado por humanos. Em seguida, usa os padrões aprendidos para gerar novos conteúdos”, transformando a produção a partir da inteligência de dados.
Estima-se que, atualmente, pelo menos 30% do volume de dados mundial é gerado pelo setor da saúde, segundo levantamento do RBC Capital Markets. Um prato cheio para o uso estratégico de tecnologias como a IA, que tem sido uma forte aposta da alocação de investimentos do setor para liberar o potencial de crescimento e acelerar a produtividade da área, buscando elevar ao máximo a qualidade das operações e dos serviços prestados.
Após as primeiras implantações da IA em farmacêuticas, especialistas notaram como a IA generativa servia como alternativa para aprimorar o uso da tecnologia, já que o modelo generativo “requer menos dados, é mais adaptável a situações atípicas e pode interagir melhor com o corpo clínico”, sendo “amplamente aplicável e transferível para diferentes tarefas da saúde”, indicam pesquisadores do BCG (Boston Consulting Group) após análise do uso da IA nas farmacêuticas em 2023.
Em pesquisa sobre o uso da GenAI pelas farmacêuticas, o Boston Consulting Group mapeou as principais iniciativas do mercado para aplicações da GenAI em contextos farmacêuticos. Entre as principais otimizações, estão o processo de validação de produtos farmacêuticos (constante no setor farmacêutico), acompanhamento da evolução do quadro de pacientes e até mesmo testes para aplicar a GenAI de forma que seja possível realizar o acompanhamento em tempo real desses pacientes e seus tratamentos.
Um exemplo de serviço inovador é da canadense DMED, que está trabalhando em uma plataforma, a CervAI, que usa da GenAI para prever e monitorar o envelhecimento cerebral, maximizando os cuidados com a saúde cerebral, acelerando diagnósticos e cuidados para remediar o quadro de doença neurodegenerativa.
Saindo do espectro da experiência farmacêutica do consumidor e indo para a operação das farmacêuticas, a GenAI também revoluciona o acompanhamento de informações cruciais como baixas em estoques de um medicamento, além de acelerar um dos processos mais importantes dentro da área farmacêutica: o de pesquisa e indústria.
É por isso que estima-se que, em uma década, a indústria farmacêutica poderá gastar 50 milhões de dólares por ano em Inteligência Artificial para acelerar o desenvolvimento de medicamentos, como aponta levantamento do Banco Morgan Stanley publicado no do The Economist.
Por ser uma evolução das primeiras versões da Inteligência Artificial, a GenAI atende a uma gama mais ampla de processos operacionais, inclusive dentro das farmacêuticas. Em comparação à IA tradicional, a generativa é muito mais flexível e, por isso, suporta diferentes tipos de dados, podendo gerar análises unificadas de dados de diferentes fontes e formatos.
O uso estratégico e bem sucedido da IA também pode acelerar pesquisas sobre novas possibilidades de uso para um medicamento específico, o que colabora para a expansão do uso de um remédio para novas doenças e tratamentos, não mapeadas em suas primeiras pesquisas e testes. Assim, é possível ampliar o acesso a tratamentos, aumentando a gama de opções de medicamentos para cada patologia.
Apesar dos diversos benefícios, é importante que as aplicações da GenAI sejam feitas com cautela e acompanhamento profissional, como dos consultores especializados que você encontra ao começar a sua trajetória como cliente Engine. Isso porque alguns riscos do uso errôneo da IA generativa podem ocorrer, como os mapeados pelo BCG:
É importante que especialistas estejam sempre envolvidos no processo de análise dos dados para rever e corrigir possíveis enviesamentos da GenAI.
As aplicações farmacêuticas da GenAI estão ainda no início, por isso, é importante estar de olho no que chamamos de “alucinação” da Inteligência Artificial.
A área da saúde está entre as que mais movimenta dados, por isso, é importante que, em paralelo à aceleração e aprimoração da coleta e análise de dados, seja realizado também um reforço à segurança cibernética para garantir a proteção e integridade dos dados dos pacientes.
O trabalho de especialistas e o treinamento em relação às aplicações da GenAI são importantes para, como reforçam os especialistas do BCG, reforçar que os insights gerados em GenAI são recomendações, e não obrigações. A ponderação dos profissionais da área é necessária.
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