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Cloud 101 para C-Levels: o que todo Executivo precisa entender antes de migrar

Escrito por Enginebr | Dec 8, 2025 1:00:00 PM

Os 5 pilares que moldam a jornada de migração de sistemas críticos como o SAP na perspectiva da alta gestão

Vivemos a era da economia digital, e a agilidade é a moeda mais valiosa. No coração dessa transformação está a Cloud Computing. No entanto, iniciar a jornada de migração de sistemas críticos, como seu ambiente SAP, exige mais do que uma decisão técnica; exige uma visão estratégica clara. A Engine, como parceira especializada SAP, preparou este guia para alinhar a alta gestão com os conceitos-chave que garantirão o sucesso e o retorno sobre o 

1. Cloud não é apenas infraestrutura: é um modelo de negócios

O erro mais comum é tratar a nuvem apenas como um data center externo. A Cloud Computing (computação em nuvem) representa uma mudança de despesa de capital (CAPEX) para despesa operacional (OPEX).

Ao contrário da infraestrutura tradicional on-premise, que exige um alto investimento inicial (CAPEX) na compra de hardware e licenças, a nuvem adota um modelo de despesa operacional (OPEX). Isso significa que sua empresa paga apenas pelos recursos que consome, transformando custos fixos em variáveis.

Do ponto de vista da escalabilidade, a infraestrutura tradicional é limitada e exige planejamento de longo prazo, enquanto a Cloud Computing é elástica e permite escalar recursos em minutos, sob demanda. Essa mudança de foco permite que a área de TI:

  • Deixe de se concentrar na manutenção de hardware e gestão de recursos.
  • Passe a dedicar seus esforços à inovação e ao desenvolvimento de novos produtos.

Para o C-Level, isso significa mais flexibilidade financeira e a capacidade de alocar recursos rapidamente para novas oportunidades de mercado.

2. Dominando os modelos de serviço (IaaS, PaaS e SaaS)

A jornada para a nuvem exige a compreensão de como diferentes modelos de serviço impactam sua estratégia e governança.

  • IaaS (Infrastructure as a Service): Você aluga a infraestrutura básica (servidores virtuais, armazenamento, redes). É a base. É ideal para a migração de sistemas legados, como a transição do SAP de on-premise para um ambiente de nuvem dedicado. Você mantém o controle total do sistema operacional e aplicações.
    • Exemplo Prático: Migrar um ambiente SAP ECC ou S/4HANA completo para uma infraestrutura de nuvem hiper-escalável.
  • PaaS (Platform as a Service): O provedor oferece a infraestrutura e o ambiente de desenvolvimento (sistemas operacionais, bancos de dados, servidores web). Seu foco é o código da aplicação.
    • Valor para o C-Level: Acelera o Time-to-Market de novas aplicações e o desenvolvimento de extensões na Plataforma Tecnológica de Negócios (SAP BTP), pois as equipes não perdem tempo gerenciando o ambiente subjacente.
  • SaaS (Software as a Service): Você usa a aplicação pronta, acessada via internet. O provedor gerencia tudo.
    • Exemplo Prático: Soluções como SAP Concur, SAP SuccessFactors e a própria solução de produtividade.

3. O fator crítico: custo e otimização (FinOps)

A nuvem pode ser mais cara do que o esperado se não for gerenciada ativamente. A disciplina de FinOps (Cloud Financial Operations) é essencial.

  1. Visibilidade de Custos: Entenda exatamente quem está gastando o quê. As ferramentas de gestão de nuvem oferecem dashboards detalhados que devem ser monitorados como qualquer outro centro de custo.
  2. Direcionamento para Rightsizing: Servidores migrados mantendo o mesmo tamanho do on-premise são um erro comum. A nuvem permite dimensionar corretamente (rightsizing) para o uso real.
  3. Reservas e Comprometimentos: Planos de longo prazo (reservas de instâncias) podem gerar descontos significativos. Para sistemas críticos e estáveis como o SAP, que funcionam 24/7, esta é uma estratégia obrigatória.

Ação para o C-Level: Nomear um líder de FinOps e estabelecer metas claras de economia e utilização. O controle de custos na nuvem é uma responsabilidade compartilhada entre a TI e as áreas de negócio.

4. Segurança e Conformidade na Nuvem

Um dos maiores receios dos executivos é a segurança dos dados críticos. O segredo está no Modelo de Responsabilidade Compartilhada.

  • Segurança DA Nuvem: É a proteção da infraestrutura subjacente (hardware, rede básica e instalações) e é responsabilidade do provedor da infraestrutura.
  • Segurança NA Nuvem: É sua responsabilidade e inclui:
    • Configuração e Gestão de firewalls virtuais.
    • Controle de acesso e identidade (IAM).
    • Criptografia de todos os dados.
    • Proteção das informações e conformidade legal (LGPD, GDPR).

Chave de Sucesso: Seu time de segurança precisa de novas habilidades focadas na automação e em ferramentas nativas da nuvem. Sistemas como o SAP, que lidam com dados financeiros e pessoais sensíveis, exigem uma atenção redobrada na criptografia e no controle de acesso (IAM). Parceiros como a Engine garantem que o seu ambiente SAP seja configurado com as melhores práticas de segurança desde o início.

5. Além da Migração: Foco na Inovação

A migração (Lift & Shift) é apenas o primeiro passo. O verdadeiro ROI da nuvem vem da capacidade de inovar mais rápido.

  • Análise de Dados Avançada: Use serviços de Machine Learning e Big Data (PaaS) que estão prontos na nuvem.
  • Desenvolvimento Ágil (DevOps): A nuvem fornece as ferramentas para automação de testes e implantação contínua.
  • Modernização de Aplicações: Onde o SAP on-premise era estático, o S/4HANA na nuvem e o uso da SAP BTP permitem integrações mais ricas e o uso de APIs para criar novas experiências ao cliente e ao colaborador.

A nuvem é o motor para a transformação digital. Ela libera capital, reduz o risco de infraestrutura e, o mais importante, capacita a empresa a se adaptar e inovar na velocidade do mercado. Parceiros estratégicos, como a Engine, que conhecem a fundo os ambientes SAP e a nuvem, são essenciais para mapear a estratégia, garantir a segurança e otimizar os custos desde o primeiro dia.