A transformação digital é o alicerce da quarta e mais recente revolução industrial. A fim de permanecer competitiva e explorar novas oportunidades, a Indústria Química está usando a tecnologia para fortalecer relacionamento com seus clientes, inovar mais rapidamente e produzir seus insumos com maior inteligência.
Na vanguarda desse movimento estão empresas que não vendem mais apenas produtos químicos; elas estão vendendo soluções para os problemas dos consumidores, por meio de novos modelos de negócios capazes de prestar serviços aprimorados e disponibilizar produtos personalizados. No tabuleiro de xadrez, líderes estão conscientizados do potencial da tecnologia, mas muitos ainda estão se movendo cautelosa e seletivamente em direção à transformação real.
O conceito de Química 4.0 é baseado em digitalizar e transformar todos os elementos da cadeia de valor, mas, em muitos casos, a inovação é contida por um ciclo vicioso: a falta de orçamento para iniciativas digitais, que significa que menos recursos e habilidades são adquiridos e reproduzidos – o que, por sua vez, resulta em menos progresso, fator esse que justificaria um orçamento maior para investimentos no futuro.
Os consumidores de hoje sabem o que querem – e querem agora. É por isso que o crescimento e a volatilidade na demanda estão ajudando a impulsionar a inovação para os fabricantes e as empresas químicas que os fornecem. Para que isso funcione, é essencial entender os clientes e suas exigências. Essa análise pode incorporar elementos internos e externos, como tendências de mercado, perfis sazonais e histórico de pedidos por produto e conta.
A colaboração é capaz de reunir dados de procura e prognóstico de várias fontes em uma plataforma baseada na nuvem, ajudando a apoiar um melhor planejamento de promoção, previsão e monitoramento da oferta.
Esse conhecimento melhora a conectividade e fortalece a lealdade com seu cliente. Ao fornecer aos fabricantes ferramentas e plataformas orientadas para suas cadeias de valor e requisitos, as empresas químicas podem se integrar com sucesso nos negócios de seu público a longo prazo, aprofundando ainda mais a compreensão de seus ativos.
O movimento é imperativo. A questão é para onde ir a seguir. Os peixes grandes estão se posicionando para transformar seus modelos de negócios – com isso, podem oferecer resultados mais tangíveis, em vez de produtos cada vez mais comoditizados. Essa revolução inevitavelmente leva a um ambiente mais dinâmico e cheio de desafios.
A melhor maneira de entender o fenômeno é observar as tendências que formam a estrutura para as atividades de inovação. O estudo Accenture Chemical Industry Vision as identifica como:
Disponibilidade de recursos: alguns recursos estão disponíveis em abundância, enquanto outros estão se tornando – ou prevê que se tornem – escassos. A quantidade finita de combustível fóssil deixado como matéria-prima é um exemplo de como essa tendência afeta diretamente a indústria química. Gerenciamento de emissões de água e carbono, bem como fontes de energia renováveis, são exemplos escancarados.
Foco no consumidor: gerações que nasceram e cresceram com a tecnologia, envelhecimento da população, urbanização e responsabilidade social e ambiental, por exemplo, são tendências que resultarão em ciclos de vida de produção mais curtos e a necessidade de empresas fornecerem uma experiência inconfundível de seus produtos.
Mercados emergentes: a crescente demanda em mercados emergentes é uma oportunidade e uma ameaça. O primeiro implica em chances de participação no crescimento desses mercados, enquanto o segundo envolve maior concorrência de novos players. A demanda por produtos químicos nestes mercados continuará a aumentar em indústrias como construção, infraestrutura, fabricação e bens de consumo.
Eficiência operacional: a convergência de software, hardware e tecnologias de comunicação leva a um nível mais alto de eficiência operacional. Um efeito colateral é que o trabalho como fator de produção diminuirá de significado. Robôs estão se tornando cada vez mais democráticos e mais sofisticados; avanços na impressão 3D permitem uma nova maneira de fabricar, com micro fábricas instaladas em comunidades ou casas para imprimir produtos sob demanda.
Como alicerces da mudança, os líderes têm que ser incentivados a desenvolver e incorporar novas metodologias que podem mobilizar e capacitar vários interessados a se apropriar do seu sucesso coletivo, em vez de fornecer soluções de curto prazo que simplesmente aumentam a lucratividade.
Se bem-sucedidos, os esforços de liderança serão centrados em caminhos alternativos de “infraestrutura”, nos quais seus funcionários serão capazes de superar barreiras em qualquer capacidade que possuam. Elas podem vir na forma de parcerias e colaborações, aumentando a conscientização sobre os desafios fundamentais em questão e mediando e gerenciando conflitos.
Na Nova Economia, indivíduos ou organizações que buscam se alinhar com práticas orientadas à sustentabilidade serão incentivados a criar capacidades dentro dos ecossistemas afetados por suas intervenções. Por exemplo, como seria a economia se as multinacionais que entraram no mercado brasileiro tivessem incentivado seus funcionários a trabalhar com produtores locais?
Nesse cenário, empresas teriam aproveitado a experiência sobre padrões de produção e consumo para desenvolver ofertas culturalmente adequadas. Elas também procurariam entender as implicações éticas de sua presença e tomar decisões em conformidade. Conseqüentemente, a presença dessas organizações poderia realmente capacitar vários players locais a se apropriar do progresso e a se adaptar à medida que novos desafios surgissem.
Os líderes mais bem-sucedidos são aqueles que entendem o quanto a tecnologia pode ajudá-los a gerenciar pessoas, o quanto pode auxiliá-los a formar equipes e acompanhar o trabalho em todos os canais de distribuição.
É um novo cenário, composto por dispositivos conectados, Inteligência Artificial e soluções seguras de negócios em nuvem, permitindo que times trabalhem juntos com mais eficiência do que nunca e capacitando as empresas a expandir seu alcance em direção a novos mercados.
Quando várias empresas oferecem pacotes semelhantes de benefícios a seus funcionários, o que realmente faz a diferença para que ele se torne leal é o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. O ambiente moderno é descentralizado. Os projetos podem ser trabalhados usando várias soluções de software que permitem o trabalho colaborativo, em tempo real e em um ambiente seguro.
Você se lembra dos tempos em que nenhuma decisão importante poderia ser tomada porque o CEO ou o gerente responsável estava ausente em uma viagem de negócios e inacessível? A tecnologia transformou esse cenário em algo do passado. Com cadeias de softwares instaladas em todos os dispositivos (desktop, laptop, smartphones), lideranças agora podem gerenciar orçamentos, realizar reuniões e aprovar decisões a qualquer hora, de qualquer lugar do mundo.
Tecnologia não significa apenas soluções avançadas de computação e TI. Também significa liderança social. Um líder agora tem os canais de comunicação mais abrangentes disponíveis. Eles podem influenciar seus funcionários, motivar suas equipes, criar lealdade e conectar-se com colaboradores por meio de várias plataformas.
As novas tecnologias também facilitam a indução, o treinamento, a certificação e o gerenciamento de arquivos de recursos humanos. Por meio de softwares, cada funcionário pode traçar e monitorar seu próprio caminho de aprendizado, enviar relatórios de progresso e preencher formulários de revisão com o mínimo de tempo e esforço. Dessa forma, toda a sua organização tem a capacidade de avançar e se tornar mais eficiente e produtiva. Ao mesmo tempo, os líderes têm uma maneira mais simples e direta de monitorar equipes e alocar recursos em várias contas e projetos.
A estrutura de nossa economia molda a maneira como os indivíduos interagem entre si, bem como os ambientes que orbitam. De acordo com a economia linear, as organizações extraem ou capturam diferentes tipos de valor de um único local (conhecimento humano, matérias-primas, tecnologia) e criam novas ofertas para atender mercados em outros lugares.
Então, pessoas e organizações consomem essas ofertas com base em suas necessidades e aspirações. Uma vez que as ofertas não são úteis ou se tornam obsoletas, elas são descartadas. Mas esse modelo linear de produção-consumo é fundamentalmente insustentável. Promove o consumo excessivo de recursos limitados sem a consideração adequada de uma rede subjacente de conexões entre sistemas sociais, ecológicos e técnicos.
A economia atual baseia-se fundamentalmente em modelos de extração de valor, ou modelos que reforçam os benefícios de certas partes interessadas e interesses às custas de outras. Exemplos dessas condições podem ser encontrados na crescente discrepância entre ricos e pobres, no isolamento social dos idosos, na alta contaminação de reservatórios e oceanos.
A transição para a Nova Economia exigirá a incorporação de sistemas de valores alternativo. Embora existam oportunidades de negócios atraentes, as organizações demoraram para reconhecer a velocidade e a escala dos desafios socioecológicos contemporâneos (por exemplo, pandemias, mudanças climáticas, crise global da democracia representativa) em suas práticas e ideologias. Sem desafiar a lógica fundamental que outrora moldou economias lineares e individualistas, é improvável que qualquer organização seja capaz de se envolver no movimento da Nova Economia.
Os avanços tecnológicos e as mudanças culturais estão desafiando os processos tradicionais de inovação e nosso atual modelo econômico. O aumento da capacidade computacional, a crescente aplicação de sensores, novas plataformas de comunicação digital, sistemas de coleta de dados e outros mecanismos fornecem feedback instantâneo sobre aspectos da vida cotidiana humana e a dinâmica do mercado global.
Cada nó pode expandir exponencialmente a circulação de vários tipos de recursos à medida que acessam outras redes. Assim, os benefícios do aumento da conectividade não estão relacionados apenas ao crescimento da rede e do sistema pelo qual vários recursos circulam, mas nas oportunidades subjacentes para criar valores alternativos.
A liderança adaptativa distingue da liderança de autoridade e a define como uma atividade – não como pessoa ou título. Em vez disso, a liderança se torna a prática de mobilizar outras pessoas para prosperar enquanto enfrenta desafios diante da incerteza. A autoridade, por outro lado, torna-se um poder formal ou informal concedido em troca de um serviço. Essa distinção é significativa, pois libera a liderança para se tornar uma prática que não requer necessariamente um título formal.
Quando se trata de liderar transições econômicas em larga escala, é importante reconhecer que muitos indivíduos e organizações exercem liderança. Eles podem não estar em posições de autoridade, mas são fundamentais para promover a transformação sustentável.
Todas as empresas devem pensar em si mesmas como empresas de tecnologia. Se elas estão alavancando a tecnologia para obter produtos no mercado com mais eficiência ou usando-a para oferecer melhores serviços e experiências para seus clientes, elas não podem se apegar a mentalidades isoladas.
Um efeito dessa mudança de pensamento é a proliferação de equipes multifuncionais. Líderes precisam aprender os segredos de influenciar sem autoridade. Quando os líderes estabelecem um objetivo comum, eles podem criar um ambiente no qual todos estão trabalhando em direção à mesma solução, facilitando a utilização de estratégias de influência.
Nenhuma estratégia de influência pode ser bem-sucedida sem confiança. Ao demonstrar confiabilidade e ser o mais transparente possível, os líderes podem construir suas equipes sobre uma base sólida que promove a responsabilidade e o respeito mútuo.
A liderança também precisa estabelecer credibilidade, conquistar o respeito de suas equipes antes de poderem influenciá-las com sucesso. Ela precisa saber como os membros de seu time pensam e se comportam. É mais fácil ter empatia com eles e facilitar uma melhor comunicação. Os líderes bem-sucedidos constroem relacionamentos estreitos que facilitam a colaboração eficaz das equipes.
Por sua própria natureza, as equipes multifuncionais abordam os problemas de várias perspectivas, o que é tremendamente valioso em uma época em que a tecnologia está impactando os negócios de maneiras imprevisíveis. Aprender as habilidades certas para promover uma colaboração mais eficaz ajudará os líderes a aproveitar ao máximo seu potencial.