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    [Infraestrutura, economia, Liderança]

    Estratégia e inteligência para a gestão em tempos de turbulência

    12 de Março de 2024

    Por Patrícia Teves

    A corrida presidencial, diga-se de passagem, a mais disputada desde 1989, acabou no último dia 26 de outubro. Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores, foi eleita com 51,64% dos votos válidos para o seu segundo mandato. Mas antes mesmo da definição de um vencedor, prognósticos nada otimistas para a economia brasileira já ecoavam nos quatro cantos. Invenções, exageros? Não quero aqui tomar partido e polarizar ainda mais a discussão, mas pressuponho que quem se prepara para o pior, melhor se sai. Sua empresa está preparada para os próximos desafios?

    Antes de responder, é preciso entender o cenário. Alguns indicadores que sinalizam os rumos de nossa economia estão claramente deteriorados. A inflação, por exemplo, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), está em 6,75% (out/13 a set/14), acima do teto da meta de 6,5% e muito longe da meta de 4,5%. E o que isso significa? Que o consumidor poderá ter seu poder de compra reduzido e as empresas que dependem do mercado doméstico, por sua vez, poderão vender menos.

    Além de uma pressão negativa sobre o volume de vendas, as empresas ainda poderão sofrer uma pressão sobre seus custos, tais como energia elétrica, transporte e combustível, que até então tiveram seus preços represados e, cedo ou tarde, deverão subir.

    Vale também falar da alta do dólar, que dificultará a vida de quem importa produtos, a não ser que já tenha se garantido para muito além debaixo dos colchões. A moeda americana tende a subir com a saída de investidores estrangeiros do País. O FED (Banco Central Americano) decretou o fim dos estímulos fiscais liberados durante a crise que se iniciou em 2008 e já sinalizou que, com a retomada da economia, aumentará os juros por lá. Para quê então ficar no Brasil com tantos riscos, não é mesmo? Essa é a lógica dos gringos.

    Utilizada como uma das principais ferramentas para conter a inflação, a taxa de juros é outra que deverá escalar. Mais rápido do que o próprio mercado esperava, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), liderado por Alexandre Tombini, aumentou a Selic (taxa básica de juros) para 11,25% ao ano, apenas três dias após a eleição de Dilma Rousseff. Tomar empréstimos ficará mais difícil. E mais caro.

    Em excelente texto “Dilma e as emergências”, publicado no dia 03 de novembro no portal O Estado de São Paulo, o jornalista Celso Ming elenca mais uma série de problemas do País que precisarão ser equacionados. Contas públicas anêmicas (mais despesas, menos receitas), o envelhecimento da indústria e sua consequente perda de competitividade, investimento em queda livre, crescimento pífio da economia, confiança em baixa.

    Não por acaso deixei para falar da confiança por último. Como anda sua confiança? Você deve estar pensando: “sacanagem essa pergunta, depois de me jogar um balde de água fria!”. Calma que eu chego lá! Tomarei liberdade para replicar o que disse o economista Ricardo Amorim, em seu blog: “quem tem medo do futuro não vai às compras, nem investe em seu negócio”. Ficar de braços cruzados certamente não é a solução para se sobressair numa situação crítica.

    Voltando à questão inicial, estar preparado para estes desafios, não significa esperar a onda passar, tampouco andar com a manada – expressão utilizada no mercado financeiro para explicar o comportamento dos investidores que se deixam contagiar pelo otimismo ou pessimismo geral, tomando decisões impensadas. Agora, mais do que nunca, é preciso ser estratégico! Fazer mais com menos investimentos. Ser capaz de gerir os custos de forma inteligente e dominar todos os processos, até os mais complexos, de sua empresa. É mais fácil se destacar em uma multidão vestida de preto, do que num manto de cores. Avalie suas opções, pense em novas tecnologias que te tragam benefícios – a cloud computing e as ofertas derivadas dela, como o Software as a Service (que proporciona a quebra da barreira do investimento inicial e a previsibilidade de custos) estão aí para isso. Arrume a casa, tenha governança. Ver o que todo mundo vê, mas enxergar e fazer diferente pode ser o caminho!

    *Patrícia Teves é jornalista, pós-graduada em comunicação corporativa e possui dez anos de experiência com o mercado financeiro. Hoje, lidera o blog da Engine e as ações de comunicação do grupo TechTrends.

     

     

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